Sábado, 20 de Abril de 2024

Mais lidas da semana

31/7/2017 - Sorocaba - SP

Vereadores propõem instauração de CPI para investigar crise no transporte público




da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba

Em reunião convocada pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Rodrigo Manga (DEM), também foram discutidas medidas para pôr fim à greve no transporte coletivo

 

O presidente da Câmara Municipal, vereador Rodrigo Manga (DEM), promoveu na manhã desta sexta-feira, 28, uma reunião com nove vereadores com o objetivo de debater a crise do transporte público no município e definir como o Legislativo pode continuar intervindo no assunto. A greve dos motoristas já se arrasta há 23 dias, com previsão de continuar até 9 de agosto, quando o Tribunal Regional do Trabalho irá julgar o dissídio da categoria. Diante dos fatos constatados, os vereadores estão propondo a instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o sistema de transporte coletivo urbano do município.

“Sorocaba está vivendo o caos com a greve, a população está sofrendo muito e a Câmara não vai se omitir”, afirmou Manga, lembrando que a primeira suspensão da greve nasceu de uma reunião na Câmara, com base numa proposta do vereador Renan dos Santos (PCdoB). Além do presidente da Casa, participaram da reunião os vereadores: Francisco França (PT), Fausto Peres (Podemos), Hélio Brasileiro (PMDB), Vitão do Cachorrão (PMDB), Fernanda Garcia (PSOL), Renan Santos (PCdoB), Péricles Régis (PMDB) e JP Miranda (PSDB).

No decorrer da semana, o presidente Manga propôs um compromisso público entre o sindicato e as empresas, com a mediação dos vereadores, para que o julgamento do dissídio do dia 9 de agosto fosse adiado e a greve fosse totalmente suspensa até setembro. “O sindicato aceitou essa proposta de suspender a greve, mas somente uma das duas empresas concordou. Com isso, não foi possível firmar o acordo e acabar com esse sofrimento da população”, lamentou.

Para o presidente do Legislativo, causa estranheza o fato de uma das empresas recusar o acordo que poria fim à greve até setembro, fato que foi apresentado nesta sexta-feira aos vereadores e posteriormente também em reunião com o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, Paulo Eustásia.

“As empresas já tiveram prejuízo de R$ 2,5 milhões e podem ter mais R$ 1 milhão de prejuízo com a continuidade da greve. O acordo seria bom para todas as partes, inclusive para as empresas”, afirmou Manga. Já o vereador Francisco França (PT), que também é vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, acredita que a empresa recusou o acordo devido a uma possível pressão por parte do Poder Executivo.

A CPI já tem o número suficiente de assinaturas para ser instaurada, mas os vereadores decidiram aguardar até a próxima terça-feira, com a volta do recesso, para que os demais parlamentares tenham a oportunidade de debater o assunto. “Essa CPI não vai investigar apenas a questão da greve, mas, sim, todo o sistema de transporte público em Sorocaba”, afirmou Renan Santos (PCdoB).

Reunião de última hora – Rodrigo Manga explicou que, como a reunião desta manhã foi realizada de última hora, com os convites aos demais vereadores sendo feitos no final da tarde de ontem, em pleno recesso, muitos vereadores já tinham outros compromissos e não puderam participar.

Os vereadores externaram sua preocupação com os prejuízos que a greve causa à população. Fausto Peres (Podemos) observou que a população está sofrendo muito com a greve e comparou o transporte público de Sorocaba com o de Londrina, que, segundo ele, tem mais qualidade que o sorocabano. O vereador Francisco França (PT) também comparou o transporte público de Sorocaba com o de outras cidades do mesmo porte e questionou a alegação das empresas de que não têm dinheiro para dar o reajuste pleiteado pela categoria. França citou a inexistência de cobrador nos ônibus e o subsídio bancado pela Prefeitura como fatores que reduzem o custo do sistema e permitiriam conceder o reajuste pleiteado pela categoria.

O vereador Vitão do Cachorrão (PMDB), ao também lamentar o sofrimento porque vem passando a população, citou o caso de uma mulher que trabalha numa padaria e, ao sair do trabalho às 22 horas, a pé, devido à greve dos ônibus, acabou tendo o seu celular roubado. Também o presidente da Casa, Rodrigo Manga, citou o caso de pacientes que, devido à greve dos ônibus, perderam o atendimento médico que estava marcado há meses.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, Paulo João Estausia, parabenizou o presidente da Casa e demais vereadores pela busca do diálogo, reconheceu que a população está sofrendo com a greve e reafirmou que o sindicato está aberto ao diálogo. “O prejuízo para a cidade é incomensurável”, afirmou. Na reunião, também foi ressaltado o prejuízo que a greve vem causando à economia da cidade, com o comércio perdendo vendas e tendo que arcar com o transporte de seus funcionários.

Já o vereador JP Miranda (PSDB), que se posicionou contra a greve, parabenizou o presidente da Câmara pela iniciativa de promover o diálogo entre as partes, afirmou que este é o melhor caminho e criticou o radicalismo de ambas as partes, afirmando que “não será possível resolver o problema chamando sindicalista de ‘terrorista’, de um lado, e o prefeito sendo chamado de ‘vagabundo’, de outro”.



Comunicar erro nesta notícia

Se você encontrou erro nesta notícia, por favor preencha os campos abaixo. O link da página será enviado automaticamente ao Sorocaba Fácil.


Enviar esta notícia por email



Dogus Comunicação

Sobre a Dogus Comunicação  |   Política de Privacidade  |   Receba Novidades  |   Acesse pelo Celular

Melhor Visualizado em 1200x900 - © Copyright 2007 - 2024, Dogus Comunicação. Todos os direitos reservados.