17/12/2010 - Sorocaba - SP

Representantes de empresas questionam incertezas em obras da Raposo Tavares

da assessoria de imprensa da câmara de Sorocaba

Em audiência pública de iniciativa do vereador Helio Godoy (PTB), participantes levantaram dúvidas sobre a implantação de marginais e outros problemas envolvendo a rodovia como acessos e acidentes

Por iniciativa do vereador Helio Godoy (PTB), a Câmara Municipal de Sorocaba realizou na manhã desta quinta-feira (16) a segunda audiência pública para discutir questões relacionadas às obras de implantação de marginais na Rodovia Raposo Tavares.

Presidida pelo vereador, a audiência reuniu representantes de empresas da região como o Grupo Carrefour, rede de hotéis Íbis e concessionárias. O vereador Francisco Moko Yabiku (PSDB) também acompanhou a reunião, assim como técnicos da Urbes e líderes comunitários. Representando o município vizinho de Votorantim, esteve na audiência o Secretário de Trânsito, Claudinei de Paula Ribeiro.

Apesar de oficialmente convidados, os técnicos da Via Oeste (empresa concessionária da rodovia) e da Artesp (Agência de Transporte do Estado) não compareceram.

O acesso às marginais para as empresas do entorno da rodovia, obras secundárias e a interdição do viaduto que dá acesso a Sorocaba para a construção das marginais foram alguns dos pontos mais debatidos. Segundo os empresários da região, não foi apresentada alternativa para amenizar o impacto que os empreendimentos vão sofrer com a interrupção do viaduto que deverá durar de quatro a cinco meses.

 A falta de transparência, de cuidados técnicos e de compromisso com a população e com os empresários também foi levantada. Inicialmente previstas para março deste ano, as obras devem ser concluídas em 2011.

Helio Godoy lembrou que a primeira audiência pública para debater o tema foi realizada em 22 de março quando os representantes dos órgãos públicos anunciaram o recape da Castelinho e a cobrança do contrato de concessão do trecho na Raposo Tavares – que ainda não foi disponibilizado à Prefeitura e a Câmara. “Como a Prefeitura não tem acesso ao contrato? É uma lastima ver que uma concessionária rasga nosso município e a Prefeitura não tem nem mesmo o contrato. A saída é a justiça”, enfatizou o vereador.

Ao final, Godoy sugeriu uma reunião entre o prefeito e os empresários para buscar respostas às dúvidas externadas na audiência, além da entrega de um ofício ao novo governador. “Está muito claro que a questão é muito mais impactante do que imaginávamos”, concluiu. O vereador também lamentou a ausência dos órgãos responsáveis e de documentos importantes como o calendário de obras.

 Prefeituras – Representando o Executivo, Roberto Bataglin, diretor de trânsito da Urbes, lembrou que, como se trata de domínio estadual, o contrato das obras de implantação das marginais – que vão dos quilômetros 95 ao 105 da rodovia –  é entre a Artesp e a ViaOeste. Segundo o diretor, a Prefeitura está solicitando da Secretaria Estadual de Transportes a complementação da obra com 11 pedidos de melhorias. “Enfatizamos as prioridades, mas não devemos ter resposta este ano. Será passado para o próximo governo”, disse. Entre os pedidos estão a extensão das marginais, iniciando no quilômetro 93, no trevo da Uniso (Universidade de Sorocaba), novos viadutos, trevos e ciclovias.

O Secretário de Transito de Votorantim afirmou que a cidade vizinha é parceira no que classificou como “protesto democrático, mas incisivo e construtivo”. “A demanda de acesso no 98,5, o trevo da morte, é insustentável sob o ponto de vista viário e não foi contemplado”, pontuou o secretário