Teve início, nesta terça-feira (19),  a entrega das 13.504 cestas básicas que estão sendo enviadas pelo governo estadual para destinação às famílias sorocabanas que integram o Cadastro Único (CadÚnico). No primeiro dia as equipes entregaram 798 cestas a moradores das regiões do Éden; Cajuru; Aparecidinha; Brigadeiro Tobias; João Romão, Vila Zacarias e Vila Sabiá. Desta vez, 188 cadastrados não foram encontradas ou estavam ausentes.

O trabalho de entrega das cestas está sendo desenvolvido por servidores públicos voluntários sob a coordenação da Secretaria da Cidadania (Secid), com o apoio da Urbes Trânsito e Transportes, do Saae  Sorocaba e da Secretaria de Segurança Urbana (Sesu), por meio da Guarda Civil Municipal (GCM). Dois locais servem como área de distribuição, o Fundo Social de Solidariedade, no Alto da Boa Vista, e o Parque dos Espanhóis, em Pinheiros.

Desde a segunda-feira (18), Sorocaba está recebendo cindo carretas carregadas com 896 cestas básicas, cada. A logística para levar os alimentos à população carente é da própria Secid.

Segundo o titular da Cidadania, Paulo Henrique Soranz, “a Secid será a responsável por distribuir as cestas básicas, mas o governo estadual encaminhou a lista com o nome das pessoas que vão ter esse benefício, pois estão no CadÚnico”. São famílias com renda per capta de até R$ 89,00.

Sem nada em casa

Caroline Rodrigues Rosa, 22 anos, é mãe de dois filhos e não tem marido. Ela mora com a irmã Mayara,  grávida de oito meses. Em sua despensa, segundo suas palavras, não havia nada. Ela foi uma das muitas mulheres que receberam a cesta básica na manhã desta terça-feira (19).

Caroline, também, foi beneficiária do auxílio emergencial de R$ 600,00 do governo federal; pagou o aluguel de R$ 400,00 e com o restante do dinheiro comprou leite especial para o filho menor. E o dinheiro acabou. Mayara foi dispensada logo no início da quarentena de uma padaria que fechou as portas. Como não era registrada, não tem direito ao seguro desemprego e estava vivendo com a parca ajuda da irmã, que pouco tem.

Ao abrir a cesta, Caroline sorriu. Ao seu lado o filho observava os alimentos que, pelo menos nos próximos dias, garantirão comida na mesa.