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17/10/2018 - Sorocaba - SP

12% das espécies ameaçadas de extinção em programa de conservação vivem no zoo de Sorocaba




da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba

Eles fazem parte de uma população de cerca de 1.200 animais de aproximadamente 300 espécies, em uma área de cerca de 130.000 m², mas recebem um tratamento especial por estarem ameaçados de extinção. No total, 37 espécies, entre 25 mamíferos, 12 aves e dois répteis, que representam 12% de todas as espécies do Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros”, estão na lista de risco de serem extintos da natureza.

O importante trabalho que os profissionais do zoo de Sorocaba desenvolvem auxiliam na retirada desses animais da lista vermelha e conservam a fauna brasileira. Tudo é realizado dentro das recomendações dos Planos de Ação Nacional para Conservação de Espécies.

“Desde a década de 80, quando ficou mais evidente as questões de extinção de determinadas espécies, nós desenvolvemos ações para garantir as pesquisas, reprodução e conservação dessas espécies para que um dia, havendo necessidade, elas possam retornar a vida livre”, conta a bióloga Cecília Pessutti, que já dedica 29 anos de carreira no zoo de Sorocaba.

Pesquisas mostram que o número de animais nesta situação é crescente e que várias situações ameaçam a vida deles na natureza, entre elas destacam-se principalmente: o desmatamento, a agropecuária, o tráfico de animais, a poluição e a caça predatória. Além desses problemas, Cecília destaca outra situação ameaçadora que são os casos de atropelamentos. “O transporte terrestre está mais intenso e melhor e, nos últimos anos, o caso de mortes de alguns animais nas estradas, principalmente dos mamíferos, cresceu significativamente”, relata.

A preservação destas espécies no “Quinzinho de Barros” é referência há anos. Entre os trabalhos desenvolvidos está por exemplo, o caso dos jacarés de papo-amarelo, que por anos esteve na lista dos ameaçados, mas depois de estudos, esforços de reprodução e conservação da espécie, em alguns criadouros, universidades e zoológicos, assim como no de Sorocaba, atualmente ele não faz parte mais dessa lista.

Outra ação importante realizada no “Quinzinho” é a compilação do livro de registros genealógicos do Lobo-Guará (Chrysocyon brachyurus). Este livro contém informações essenciais que garantem a continuidade de espécie para a sua reprodução com vida saudável. “É como se fosse uma árvore genealógica do animal. A partir desse documento, nós conseguimos identificar os indivíduos sem ou com baixa consanguinidade e propor o acasalamento para termos filhotes geneticamente saudáveis para manter a espécie”, explica Cecília. No zoo de Sorocaba é possível encontrar três machos e três fêmeas de lobos-guarás.

Na lista de animais ameaçados está também um dos símbolos do zoo de Sorocaba, o muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), o maior macaco das Américas. Essa espécie só existe na Floresta Atlântica do Brasil e é uma das mais ameaçadas de extinção do mundo, com uma população total estimada em 1.300 indivíduos. Presente em apenas três zoológicos do Brasil, entre eles o “Quinzinho de Barros”, onde é possível conhecer cinco muriquis-do-sul que vivem lá.

O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é outro. A espécie só existe no sudeste do Brasil, mais especificamente na Floresta Atlântica do Estado do Rio de Janeiro. Há cerca de 40 anos, este macaco chegou perto de desaparecer, mas com esforços de zoos norte-americanos, europeus e brasileiros, os trabalhos de profissionais muito dedicados à espécie, isto não aconteceu. No “Quinzinho” vivem dois micos-leões-dourados.

A rotina diária no parque sorocabano é “normal”, desde a preparação da alimentação, trabalho físico de adequação dos recintos, observação do comportamento, oferecer estímulos sensoriais e até sociais, e tem como objetivo favorecer que os comportamentos naturais sejam desenvolvidos pelos animais dentro do zoológico.

Biólogos, médicos veterinários e tratadores dedicam seu trabalho e estudos, além de troca de experiências para combater a situação das ameaças de extinção e devolver o equilíbrio à natureza, mas é importante ressaltar o carinho dos profissionais que dedicam sua vida a isso. “O zoo e todos animais que estão aqui são minha vida. Nos meus 29 anos de carreira dentro do zoológico de Sorocaba, dedicados a esta profissão, não me lembro de um dia não ter pensado e me preocupado com este local. Meus familiares cresceram aqui e assim nós permaneceremos para garantir a segurança e conservação de cada uma destas espécies. Aqui eles estão seguros!”, finaliza, emocionada, Cecília.



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