João Paulo Silva é estudante de Letras pela Universidade Estácio de Sá e é completamente apaixonado por livros, sempre buscando incentivar a leitura como arte e, principalmente, como acesso ao conhecimento para o desenvolvimento social e crítico.
Como pode um livro descrever com tanta precisão a vida no presente, quando o próprio autor há muito já deixou o mundo? Ou será que nossa vida, nossa vida política, já é assim há muito tempo?
Nesse caso, podemos observar que a verdadeira literatura sempre consegue realizar tarefas complexas que são declaradas "impossíveis". A literatura está onde tudo é possível.
O escritor britânico George Orwell (1903-1950), cujo nome verdadeiro era Eric Arthur Blair, sempre quis apontar queixas políticas com seus livros – especialmente na forma de sátira. Ele é mais conhecido por suas duas obras “A Revolução dos Bichos” e “1984”.
Em “A Revolução dos Bichos” (“Animal Farm”), publicado em 1945, Orwell usou da fábula, narrativa literária em que os personagens são animais que apresentam características humanas, para contar a história e o curso de uma revolução. O que a princípio parece ser uma história infantil inofensiva é, na verdade, uma poderosa crítica satírica, mas contundente do stalinismo, e a qualquer sistema totalitário.
George Orwell, criticou tanto a revolução russa de 1917 quanto a ditadura posterior de Stalin com seu livro. Não é difícil para qualquer leitor atento perceber paralelos com eventos históricos e pessoas.
No entanto, reduzir a fazenda dos animais apenas para as condições russas e soviéticas é muito unilateral. Em vez disso, a fábula de Orwell procurou expor os padrões comportamentais e práticas dos estados totalitários em geral.
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